👍LUIZ GAMA : ex escravo e ícone abolicionista no Brasil! LUIZ GAMA: ex escravo e

 👍LUIZ GAMA : ex escravo e ícone abolicionista no Brasil!

LUIZ GAMA: ex escravo e
 ícone abolicionista no Brasil!

Escritor, jornalista, advogado, baiano ilustre ou ninguém menos que o maior abolicionista do Brasil: Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em 21 de julho de 1830. Era filho de um português e de Luiza Mahin, negra acusada de se envolver com a Revolta dos Malês, na Bahia – a primeira grande rebelião urbana de escravos da história do Brasil.

Nascido de mãe negra livre e pai branco em 1830, Luiz Gama morou com a mãe em Salvador até os oito anos de idade. Quando Luiza Mahin teve que fugir para o Rio de Janeiro, buscando escapar da forte perseguição policial.

Luiz foi entregue ao pai, um fidalgo português. Foi escravizado ilegalmente pelo próprio genitor. Jogador compulsivo e afogado em dívidas, seu pai lhe vendeu aos dez anos de idade. 

Foi transportado para o Rio de Janeiro em 1840, ficando com o comerciante Vieira, que o vendeu para o alferes Antonio Pereira Cardoso, de São Paulo, em um lote de mais de 100 escravos. 

Como os escravos baianos tinham a fama de “fujões”, o alferes não conseguiu vender Luiz Gama, que acabou sendo utilizado como empregado doméstico na fazenda dele, em Lorena, no interior do estado. Em 1847, quando Gama tinha 17 anos, o estudante Antônio Rodrigues de Araújo foi recebido e ficou hospedado na fazenda do alferes, travando amizade com o escravo e ensinando-o a ler e escrever.

Com o letramento, Gama percebeu que havia sido escravizado ilegalmente. Aos 18 anos, sabendo ler e escrever, conseguiu provas irrefutáveis da ilegalidade de sua condição, pois era filho de uma mulher livre.

Fugiu para a cidade de São Paulo em 1848, onde conseguiu sua libertação por via judicial. Já liberto, em 1848 assentou praça na Força Pública da Província. Em 1854 teve baixa da Força Pública por insubordinação e em 1856 foi nomeado escrevente da Secretaria de Polícia.

Foi nesse período, como escrevente, que Luiz teve acesso à biblioteca do delegado, então professor de Direito. Tentou frequentar o curso de direito como ouvinte na Faculdade do Largo de São Francisco, mas foi vítima de vil racismo de seus colegas, em grande parte pertencentes à elite escravocrata paulista. Foi então que decidiu estudar a profissão como autodidata e tornou-se rábula (advogado sem diploma), passando a atuar ativamente pela libertação de escravos nos tribunais, tendo conseguido a soltura de mais de 500 cativos. Já reconhecido como advogado e admirado, teve escritório com os professores Dino Bueno e Januário Pinto Ferraz.

Foi um dos abolicionistas mais atuantes de São Paulo e do Brasil. Lutou nas cortes provincianas para estabelecer o princípio de que todos os escravos ingressos no país após a proibição do tráfico negreiro, em 1850, eram livres por lei. Com seu trabalho nos tribunais, conseguiu a libertação de centenas de negros mantidos injustamente em cativeiro ou acusados de crimes contra os senhores. Especializou-se nessa área.

Três anos depois, publicou seu único livro de poesias.

Seu célebre poema A Bodarrada ironizava os que tentavam negar a influência africana na formação da nossa identidade nacional. Gama tornou-se o primeiro escritor brasileiro a assumir explicitamente sua identidade negra, sendo assim o fundador da literatura de militância dos negros no Brasil.

Um dos raros intelectuais negros de seu tempo, Luiz Gama é reconhecido também pela sua produção literária abolicionista. Colaborou com diversos periódicos, escrevendo para jornais satíricos de São Paulo. 

Na década de 1860 tornou-se jornalista influente, ligado aos círculos do Partido Liberal. Chegou a fundar seu próprio periódico, “O Radical Paulistano”, onde dividiu espaço com seu amigo e companheiro Rui Barbosa. Sua liderança fez todo o movimento abolicionista de São Paulo orbitar em torno de si. Em 1880, já tinha se transformado em um líder do movimento da cidade.

Considerava legítima a defesa dos crimes cometidos por escravos contra seus senhores.

Por insistência de Lúcio de Mendonça, advogado e amigo, Luiz Gama escreveu uma carta autobiográfica. Graças a ela, a lembrança de Luiza Mahim chegou até os dias atuais.

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LUIZ GAMA: ex escravo e
 ícone abolicionista no Brasil!

Escritor, jornalista, advogado, baiano ilustre ou ninguém menos que o maior abolicionista do Brasil: Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em 21 de julho de 1830. Era filho de um português e de Luiza Mahin, negra acusada de se envolver com a Revolta dos Malês, na Bahia – a primeira grande rebelião urbana de escravos da história do Brasil.

Nascido de mãe negra livre e pai branco em 1830, Luiz Gama morou com a mãe em Salvador até os oito anos de idade. Quando Luiza Mahin teve que fugir para o Rio de Janeiro, buscando escapar da forte perseguição policial.

Luiz foi entregue ao pai, um fidalgo português. Foi escravizado ilegalmente pelo próprio genitor. Jogador compulsivo e afogado em dívidas, seu pai lhe vendeu aos dez anos de idade. 

Foi transportado para o Rio de Janeiro em 1840, ficando com o comerciante Vieira, que o vendeu para o alferes Antonio Pereira Cardoso, de São Paulo, em um lote de mais de 100 escravos. 

Como os escravos baianos tinham a fama de “fujões”, o alferes não conseguiu vender Luiz Gama, que acabou sendo utilizado como empregado doméstico na fazenda dele, em Lorena, no interior do estado. Em 1847, quando Gama tinha 17 anos, o estudante Antônio Rodrigues de Araújo foi recebido e ficou hospedado na fazenda do alferes, travando amizade com o escravo e ensinando-o a ler e escrever.

Com o letramento, Gama percebeu que havia sido escravizado ilegalmente. Aos 18 anos, sabendo ler e escrever, conseguiu provas irrefutáveis da ilegalidade de sua condição, pois era filho de uma mulher livre.

Fugiu para a cidade de São Paulo em 1848, onde conseguiu sua libertação por via judicial. Já liberto, em 1848 assentou praça na Força Pública da Província. Em 1854 teve baixa da Força Pública por insubordinação e em 1856 foi nomeado escrevente da Secretaria de Polícia.

Foi nesse período, como escrevente, que Luiz teve acesso à biblioteca do delegado, então professor de Direito. Tentou frequentar o curso de direito como ouvinte na Faculdade do Largo de São Francisco, mas foi vítima de vil racismo de seus colegas, em grande parte pertencentes à elite escravocrata paulista. Foi então que decidiu estudar a profissão como autodidata e tornou-se rábula (advogado sem diploma), passando a atuar ativamente pela libertação de escravos nos tribunais, tendo conseguido a soltura de mais de 500 cativos. Já reconhecido como advogado e admirado, teve escritório com os professores Dino Bueno e Januário Pinto Ferraz.

Foi um dos abolicionistas mais atuantes de São Paulo e do Brasil. Lutou nas cortes provincianas para estabelecer o princípio de que todos os escravos ingressos no país após a proibição do tráfico negreiro, em 1850, eram livres por lei. Com seu trabalho nos tribunais, conseguiu a libertação de centenas de negros mantidos injustamente em cativeiro ou acusados de crimes contra os senhores. Especializou-se nessa área.

Três anos depois, publicou seu único livro de poesias.

Seu célebre poema A Bodarrada ironizava os que tentavam negar a influência africana na formação da nossa identidade nacional. Gama tornou-se o primeiro escritor brasileiro a assumir explicitamente sua identidade negra, sendo assim o fundador da literatura de militância dos negros no Brasil.

Um dos raros intelectuais negros de seu tempo, Luiz Gama é reconhecido também pela sua produção literária abolicionista. Colaborou com diversos periódicos, escrevendo para jornais satíricos de São Paulo. 

Na década de 1860 tornou-se jornalista influente, ligado aos círculos do Partido Liberal. Chegou a fundar seu próprio periódico, “O Radical Paulistano”, onde dividiu espaço com seu amigo e companheiro Rui Barbosa. Sua liderança fez todo o movimento abolicionista de São Paulo orbitar em torno de si. Em 1880, já tinha se transformado em um líder do movimento da cidade.

Considerava legítima a defesa dos crimes cometidos por escravos contra seus senhores.

Por insistência de Lúcio de Mendonça, advogado e amigo, Luiz Gama escreveu uma carta autobiográfica. Graças a ela, a lembrança de Luiza Mahim chegou até os dias atuais.


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