O ASSUNTO É: BULLYING
Li esta matéria na Construir Notícias e achei que seria interessante postá-la aqui no meu blog, já que o Bullying é
uma realidade, cada vez mais freqüente, no cotidiano escolar. É um tema
que precisa ser discutido entre nós, educadores, já que a temática
ainda está distante da maioria dos profissionais que atuam na área
educacional.
O que é Bullying?
O termo bullying compreende todas as
formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem
motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s),
causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de
poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o
desequilíbrio de poder são as características essenciais que tornam
possível a intimidação da vítima.
Por não existir uma palavra na língua
portuguesa capaz de expressar todas as situações de bullying possíveis, o
quadro a seguir relaciona algumas ações que podem estar presentes:
Colocar apelidos - Ofender - Zoar - Gozar
Encarnar - Sacanear - Humilhar - Fazer sofrer
Discriminar - Excluir - Isolar - Ignorar
Intimidar - Perseguir - Assediar - Aterrorizar
Encarnar - Sacanear - Humilhar - Fazer sofrer
Discriminar - Excluir - Isolar - Ignorar
Intimidar - Perseguir - Assediar - Aterrorizar
Amedrontar - Tiranizar - Dominar - Agredir
Chutar - Empurrar - Ferir - Roubar
Chutar - Empurrar - Ferir - Roubar
E onde ocorre o bullying?
O
bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer
escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição:
primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se
afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de bullying entre
seus alunos desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo.
De que maneira os alunos se envolvem com o bullying?
Seja
qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser
destacadas, bem como relacionadas aos papéis que venham a representar:
-Alvos de bullying – são os alunos que só sofrem bullying.
- Alvos/autores de bullying – são os alunos que ora sofrem, ora praticam bullying.
- Autores de bullying – são os alunos que só praticam bullying.
-Testemunhas de bullying – são os alunos que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.
Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem, como modelo para solucionar conflitos, o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.
Os
alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as
conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de
recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos
danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento
de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança
quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é
agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos
sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é
imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem
efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter
baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola,
chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência ou
abandonam os estudos. Há jovens que, com extrema depressão, acabam
tentando ou cometendo o suicídio.
As
testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com
a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as próximas
vítimas. Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas
podem se sentir incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que
fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a
aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode
influenciar negativamente sua capacidade de progredir acadêmica e
socialmente.
Quais são as conseqüências do bullying sobre o ambiente escolar?
Quando
não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar
torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são
afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade
e medo. Alguns alunos que testemunham as situações de bullying, quando
percebem que o comportamento agressivo não traz nenhuma conseqüência a
quem o pratica, podem achar por bem adotá-lo.
Alguns dos casos citados na imprensa — como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, no qual um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse à sua frente — retratavam reações de crianças vítimas de bullying. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:
Alguns dos casos citados na imprensa — como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, no qual um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse à sua frente — retratavam reações de crianças vítimas de bullying. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:
- Depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de “superação” do poder que os subjugava.
- Seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram exclusivamente os alunos que os agrediam ou intimidavam.
- Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e seu sofrimento.
- As medidas adotadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não-violência na sociedade.
Quais são as conseqüências possíveis para os alvos?
As
crianças que sofrem bullying, dependendo de suas características
individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial a
família, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos
na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com
baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de
relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo.
Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o bullying no trabalho
(workplace bullying). Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou
cometer suicídio.
E para os autores?Aqueles
que praticam bullying contra seus colegas poderão levar para a vida
adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas
no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.
Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade
de que autores de bullying na época da escola venham a se envolver, mais
tarde, em atos criminosos ou de delinqüência.
E quanto às testemunhas?
As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.
As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.
Fonte: Construir Notícias
O ASSUNTO É: BULLYING
Li esta matéria na Construir Notícias e achei que seria interessante postá-la aqui no meu blog, já que o Bullying é
uma realidade, cada vez mais freqüente, no cotidiano escolar. É um tema
que precisa ser discutido entre nós, educadores, já que a temática
ainda está distante da maioria dos profissionais que atuam na área
educacional.
O que é Bullying?
O termo bullying compreende todas as
formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem
motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s),
causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de
poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o
desequilíbrio de poder são as características essenciais que tornam
possível a intimidação da vítima.
Por não existir uma palavra na língua
portuguesa capaz de expressar todas as situações de bullying possíveis, o
quadro a seguir relaciona algumas ações que podem estar presentes:
Colocar apelidos - Ofender - Zoar - Gozar
Encarnar - Sacanear - Humilhar - Fazer sofrer
Discriminar - Excluir - Isolar - Ignorar
Intimidar - Perseguir - Assediar - Aterrorizar
Encarnar - Sacanear - Humilhar - Fazer sofrer
Discriminar - Excluir - Isolar - Ignorar
Intimidar - Perseguir - Assediar - Aterrorizar
Amedrontar - Tiranizar - Dominar - Agredir
Chutar - Empurrar - Ferir - Roubar
Chutar - Empurrar - Ferir - Roubar
E onde ocorre o bullying?
O
bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer
escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição:
primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se
afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de bullying entre
seus alunos desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo.
De que maneira os alunos se envolvem com o bullying?
Seja
qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser
destacadas, bem como relacionadas aos papéis que venham a representar:
-Alvos de bullying – são os alunos que só sofrem bullying.
- Alvos/autores de bullying – são os alunos que ora sofrem, ora praticam bullying.
- Autores de bullying – são os alunos que só praticam bullying.
-Testemunhas de bullying – são os alunos que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.
Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem, como modelo para solucionar conflitos, o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.
Os
alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as
conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de
recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos
danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento
de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança
quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é
agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos
sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é
imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem
efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter
baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola,
chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência ou
abandonam os estudos. Há jovens que, com extrema depressão, acabam
tentando ou cometendo o suicídio.
As
testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com
a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as próximas
vítimas. Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas
podem se sentir incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que
fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a
aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode
influenciar negativamente sua capacidade de progredir acadêmica e
socialmente.
Quais são as conseqüências do bullying sobre o ambiente escolar?
Quando
não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar
torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são
afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade
e medo. Alguns alunos que testemunham as situações de bullying, quando
percebem que o comportamento agressivo não traz nenhuma conseqüência a
quem o pratica, podem achar por bem adotá-lo.
Alguns dos casos citados na imprensa — como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, no qual um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse à sua frente — retratavam reações de crianças vítimas de bullying. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:
Alguns dos casos citados na imprensa — como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, no qual um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse à sua frente — retratavam reações de crianças vítimas de bullying. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:
- Depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de “superação” do poder que os subjugava.
- Seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram exclusivamente os alunos que os agrediam ou intimidavam.
- Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e seu sofrimento.
- As medidas adotadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não-violência na sociedade.
Quais são as conseqüências possíveis para os alvos?
As
crianças que sofrem bullying, dependendo de suas características
individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial a
família, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos
na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com
baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de
relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo.
Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o bullying no trabalho
(workplace bullying). Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou
cometer suicídio.
E para os autores?Aqueles
que praticam bullying contra seus colegas poderão levar para a vida
adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas
no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.
Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade
de que autores de bullying na época da escola venham a se envolver, mais
tarde, em atos criminosos ou de delinqüência.
E quanto às testemunhas?
As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.
As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.
Fonte: Construir Notícias
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