Ler
histórias para crianças é poder sorrir, rir, gargalhar com as situações
vividas pelas personagens, suscitar o imaginário, é ter curiosidade
respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar idéias para
solucionar questões.
É uma possibilidades de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos.
É
ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes como a
tristeza, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade e tantas outras mais.
“É através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros
tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É
ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem
precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de
aula...”. (ABRAMOVICH, 1995, p. 17).
A
leitura é uma forma exemplar de aprendizagem, é um dos meios mais
eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade.
Favorece a remoção de barreiras educacionais, principalmente através da
promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual,
aumentando a possibilidade de normalização da situação pessoal de um
indivíduo. A exposição à leitura da história no seio familiar durante os
anos pré-escolares leva muitas crianças ao sucesso escolar. As crianças
que vivem num ambiente letrado desenvolvem um interesse lúdico com
respeito às atividades de leitura e escrita, praticadas pelos adultos
que a rodeiam. Esse interesse varia de acordo com a qualidade,
freqüência e valor destas atividades realizadas pelos adultos que
convivem com as crianças. Se uma mãe ler para seu filho textos
interessantes e com boa qualidade, nota-se que estará transmitindo a ele
informações variadas sobre a língua escrita e sobre o mundo. Isso é de
suma importância para a criança, pois irá levá-la a interessar-se cada
vez mais pela leitura das histórias ouvidas.
Ao
adentrar no mundo escolar, a leitura não mais se realizará como na
família, devendo sofrer modificações que são vitais para o
desenvolvimento da aprendizagem. Para poder transmitir à criança uma
visão clara do que se está lendo, o professor deverá ter algumas
atitudes, tais como:
· Visualizar o livro para a criança, através da exposição das gravuras;
· Ler de forma liberal, porém clara e agradável, atraindo a atenção da criança;
· Manter-se aberto para as perguntas das crianças, incentivando a troca de comentários sobre o texto lido.
O QUE DEVEMOS LER PARA AS CRIANÇAS
Nas
transformações da leitura de histórias em atividades pedagógicas, a
nossa preocupação maior é com a qualidade da leitura que iremos realizar
para as crianças. Assim, a escolha dos livros deve ter alguns
princípios básicos que possam garantir a eficiência do trabalho
pedagógico, ou seja:
a) qualidade de criação;
b) estrutura da narrativa;
c) adequação às convenções do português escrito;
d) despertar o interesse da criança;
e) simplicidade do texto;
Isso
nos garantirá, além de oportunizar o contato da criança com o uso real
da escrita, levar a mesma a conhecer novas palavras, discutir valores
como o amor e o trabalho, levá-los a usar a imaginação, tornando-os
criativos e capazes de pensar.
A
leitura deve se transformar em atividade de rotina, pois o escutar
histórias desenvolve naturalmente um interesse cada vez maior em
aprender determinadas histórias e reproduzi-las oralmente. O professor
deve procurar assegurar às crianças o acesso aos livros, agindo como
elemento facilitador e incentivador da criança pela leitura à medida que
não se comporta como leitor e sim como expectador das leituras que são
reproduzidas pelas crianças.
POR QUE CONTAR HISTÓRIAS?
Contar
histórias é a mais antiga das artes. Nos velhos tempos, o povo
assentava ao redor do fogo para esquentar, alegrar, conversar, contar
casos. Pessoas que vinham de longe de suas Pátrias contavam e repetiam
histórias para guardar suas tradições e sua língua. As histórias se
incorporam à nossa cultura. Ganharam as nossas casas através da doce voz
materna, das velhas babás, dos livros coloridos, para encantamento da
criançada. E os pedagogos, sempre à procura de técnicas e processos
adequados à educação das crianças, descobriram esta “mina de ouro” as
histórias.
Parte
importante na vida da criança desde a mais tenra idade, a literatura
constitui alimento precioso para sua alma. É conhecendo a criança e o
mistério delicioso do seu mundo que podemos avaliar todo o valor da
literatura em sua formação. As crianças têm um mundo próprio, todo seu,
povoado de sonhos e fantasias.
A história é contada visando:
· deleitar a criança/· infundir o amor à beleza;
· desenvolver sua imaginação/· ampliar as experiências;
· desenvolver o poder da observação/ · desenvolver o gosto artístico;
· estabelecer uma ligação interna entre o mundo da fantasia e o da realidade;
No sentido da língua, particularmente, as histórias:
· enriquecem a experiência/ · fixam e ampliam o vocabulário;
· desenvolvem a capacidade de dar seqüência lógica aos fatos;
· dão o sentido da ordem/ · educam a atenção;
· esclarecem o pensamento/· desenvolve o gosto literário;
· estimulam o interesse pela leitura/ · desenvolvem a linguagem oral e escrita;
As
histórias são fontes maravilhosas de experiências. São meios preciosos
de ampliar o horizonte da criança e aumentar sue conhecimento em relação
ao mundo que a cerca. Mas é precioso saber usar as histórias para que
dela as se alcance retirar tudo o que podem dar à educação. Um dos
principais elementos a ser alcançado é o poder de imaginação que,
tirando a criança do seu ambiente, lhe permite ao espírito “trabalhar” a
imaginação. As histórias têm como valor específico o desenvolvimento
das idéias, e cada vez que elas são contadas acrescentam às crianças
novos conhecimentos.
“O
ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o
pensar, o teatral, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o
querer ouvir de novo (a mesma história ou outra). Afinal, tudo pode
nascer dum texto!” (ABRAMOVICH, 1995, p. 23)
COMO CONTAR HISTÓRIAS?
Uma
história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente apresentada
em seu enredo. Uma boa história é uma obra aberta, que permite muitas
leituras, muitos caminhos, muitas saídas. Contar uma história é fazer a
criança sentir-se identificada com os personagens. É trazer todo o
enredo à presença do ouvinte e fazer com que ele se incorpore à trama da
história, como parte dela.
As crianças agem, pensam, sentem, sofrem, alegram-se como se fossem elas próprias os
personagens.
A história assim vivida pode provocar-lhes sentimentos novos e
aperfeiçoar outros. Por isso as histórias não devem ser deprimentes. O
final deve ser feliz, para transmitir aos ouvintes uma emoção sadia. O
principal na arte de contar histórias é saber despertar a emoção. Quando
as crianças nos pedem que lhes contassem histórias é porque sentem
necessidade de sair de si mesma, de experimentarem uma nova sensação.
Para se contar bem uma história é preciso possuir habilidade, treino e
conhecimento técnico do trabalho, pois os valores artísticos,
lingüístico e educativo dependem da arte do narrador.
Os segredos de um contador de histórias são:
a)
Curta a história – o bom contador acredita na sua história, se envolve e
vibra com ela. Se o professor não estiver interessado, dificilmente
conseguirá interessar as crianças.
b)
Evite adaptações – deve-se ler o que está escrito no livro. Não privar
os alunos do contato com o texto literário. Os velhos contos de fadas
são histórias cheias de fantasias e de poesia. Lidam com sentimentos
fundamentais do ser humano: o medo, a angústia, o ódio, o amor. Permitem
à criança exercitar através da imaginação, soluções para problemas
concretos da vida, que interessam ao adulto.
c)
Não explique demais – a adaptação de histórias é uma descaracterização
da história na vida da criança. Muitas vezes, a história exerce a função
de desenvolver ou até prolongar o mistério. Ao fazer a tradução ou
adaptação, o professor deixa tudo muito bem esclarecido, não restando
qualquer mistério. Ao ser encerrada, a história realmente se encerra,
deixando de existir para a criança.
d)
Uma história é um ponto de encontro – ao entrar numa roda de história, a
criança participa de uma experiência comum que facilita o conhecimento e
as ligações com as crianças.
e)
Uma história também é um ponto de partida – a partir de uma história é
possível desenvolver outras atividades: desenho, massa, cerâmica, teatro
ou o que a imaginação sugerir.
f)
Moral da história – nenhuma, ou melhor, várias. Essa história sobre os
segredos das histórias e os contadores de histórias é só o começo, o
resto quem conta somos nós, com a experiência, imaginação e bom senso.
g)
Comentar a história – fazer perguntas diretas para a criança,
verificando se ela figurou bem cada um dos caracteres, se os moldou de
acordo consigo mesma, se o caráter que nos apresenta é o que
pretendíamos transmitir.
h)
Dar modalidades e possibilidades da voz – sussurrar quando a personagem
fala baixinho ou está pensando em algo importante, falar tão baixo de
modo quase inaudível, nos momentos de dúvidas, e usar humoradamente as
onomatopéias, os ruídos, os espantos, levantar a voz quando uma
algazarra está acontecendo. Ë fundamental dar longas pausas quando se
introduz o “Então...”, para que haja tempo de cada um imaginar as muitas
coisas que estão para acontecer em seguida.
As
histórias são expressões de uma mesma personalidade em evolução, do
princípio do prazer da realidade. Podem mostrar à criança que a
transformação, a mudança e o desenvolvimento são possíveis. Que o prazer
não é proibido.
Contar histórias é uma arte. Deve dar prazer a quem conta e ao ouvinte. As histórias têm
finalidade
em si. Contadas ou lidas constituem sempre uma fonte de alegria e
encantamento. Por isso as atividades de enriquecimento devem ser leves e
espontâneas.
A dramatização é uma das melhores atividades de enriquecimento, pois além de ser uma das
preferidas pelas crianças, oferece valores imprescindíveis ao desenvolvimento de um bom
programa de literatura.
O
objetivo da hora das histórias é a familiarização com a literatura.
Desde muito cedo, a criança gosta de ouvir a história da sua vida, a
mais importante para ela. À medida que cresce, começa a solicitar
determinadas passagens que deseja ouvir.
Histórias
sobre fatos reais são importantes, porque ajudam a criança a entender
sua origem e que tipo de relações existe entre ela, as pessoas e os
lugares.
Da
mesma forma, as histórias inventadas são importantes. Desde cedo à
criança precisa saber de coisas que não fazem parte de sua experiência
cotidiana. É comum ela ter um amigo imaginário ou atribuir qualidades
humanas e sobrenaturais a um brinquedo ou a um animal.
As
histórias lidas somam-se então às inventadas, passando a fazer parte de
um mundo onde à realidade e a imaginação se completam. Os livros
aumentam o prazer de imaginar coisas. A partir de histórias simples, a
criança começa a reconhecer e interpretar sua experiência de vida real.
A
hora de curtir um livro juntos é a hora de partilhar: um livro de
histórias curtas, contadas com palavras fáceis de ler e entender,
ilustrado com imagens que falam da história, das personagens e ações que
estão sendo;lidas e mostradas, que faça pensar em coisas novas, que
informe, que faça rir de verdade, que seja engraçado, que faça brincar
com as mãos, olhos e ouvidos. O importante é que nessa hora não haja
pressa, contando ou lendo tudo de uma só vez. É preciso respeitar as
pausa, perguntas e comentários naturais que a história possa despertar,
tanto em quem lê quanto em quem ouve.
CONCLUSÃO
Criança
interessadas em estudar, este é objetivo primordial de todos os pais.
Porém, não sabem eles que é a patir de um conto de histórias que estão
estimulando seus filhos a apreciar os estudos com olhos de interesse e
não de sofrimento. É no contar uma história que estimulará seus filhos a
fantasiar, e trazer de alguma forma esta história para sua realidade.
Esta
busca da literatura se faz em grandes livros infantis, escritos por
grandes autores que trazem lindas histórias com grandes morais e final.
Mas não se faz uma grande fantasia se não soubermos passar isto a
criança.
Estimulando
as crianças a imaginar, criar, envolver-se já é um grande passo para
sua carreira. A literatura na infância é o meio mais eficiente de
enriquecimento e desenvolvimento da personalidade: é um passaporte para
vida e para a sociedade. É na infância que se adquire o gosto de ler,
por isso que é de suma importância o conto, pois o fantasiar antecede a
leitura.
Ler
histórias para crianças é poder sorrir, rir, gargalhar com as situações
vividas pelas personagens, suscitar o imaginário, é ter curiosidade
respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar idéias para
solucionar questões.
É uma possibilidades de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos.
É
ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes como a
tristeza, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade e tantas outras mais.
“É através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros
tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É
ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem
precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de
aula...”. (ABRAMOVICH, 1995, p. 17).
A
leitura é uma forma exemplar de aprendizagem, é um dos meios mais
eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade.
Favorece a remoção de barreiras educacionais, principalmente através da
promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual,
aumentando a possibilidade de normalização da situação pessoal de um
indivíduo. A exposição à leitura da história no seio familiar durante os
anos pré-escolares leva muitas crianças ao sucesso escolar. As crianças
que vivem num ambiente letrado desenvolvem um interesse lúdico com
respeito às atividades de leitura e escrita, praticadas pelos adultos
que a rodeiam. Esse interesse varia de acordo com a qualidade,
freqüência e valor destas atividades realizadas pelos adultos que
convivem com as crianças. Se uma mãe ler para seu filho textos
interessantes e com boa qualidade, nota-se que estará transmitindo a ele
informações variadas sobre a língua escrita e sobre o mundo. Isso é de
suma importância para a criança, pois irá levá-la a interessar-se cada
vez mais pela leitura das histórias ouvidas.
Ao
adentrar no mundo escolar, a leitura não mais se realizará como na
família, devendo sofrer modificações que são vitais para o
desenvolvimento da aprendizagem. Para poder transmitir à criança uma
visão clara do que se está lendo, o professor deverá ter algumas
atitudes, tais como:
· Visualizar o livro para a criança, através da exposição das gravuras;
· Ler de forma liberal, porém clara e agradável, atraindo a atenção da criança;
· Manter-se aberto para as perguntas das crianças, incentivando a troca de comentários sobre o texto lido.
O QUE DEVEMOS LER PARA AS CRIANÇAS
Nas
transformações da leitura de histórias em atividades pedagógicas, a
nossa preocupação maior é com a qualidade da leitura que iremos realizar
para as crianças. Assim, a escolha dos livros deve ter alguns
princípios básicos que possam garantir a eficiência do trabalho
pedagógico, ou seja:
a) qualidade de criação;
b) estrutura da narrativa;
c) adequação às convenções do português escrito;
d) despertar o interesse da criança;
e) simplicidade do texto;
Isso
nos garantirá, além de oportunizar o contato da criança com o uso real
da escrita, levar a mesma a conhecer novas palavras, discutir valores
como o amor e o trabalho, levá-los a usar a imaginação, tornando-os
criativos e capazes de pensar.
A
leitura deve se transformar em atividade de rotina, pois o escutar
histórias desenvolve naturalmente um interesse cada vez maior em
aprender determinadas histórias e reproduzi-las oralmente. O professor
deve procurar assegurar às crianças o acesso aos livros, agindo como
elemento facilitador e incentivador da criança pela leitura à medida que
não se comporta como leitor e sim como expectador das leituras que são
reproduzidas pelas crianças.
POR QUE CONTAR HISTÓRIAS?
Contar
histórias é a mais antiga das artes. Nos velhos tempos, o povo
assentava ao redor do fogo para esquentar, alegrar, conversar, contar
casos. Pessoas que vinham de longe de suas Pátrias contavam e repetiam
histórias para guardar suas tradições e sua língua. As histórias se
incorporam à nossa cultura. Ganharam as nossas casas através da doce voz
materna, das velhas babás, dos livros coloridos, para encantamento da
criançada. E os pedagogos, sempre à procura de técnicas e processos
adequados à educação das crianças, descobriram esta “mina de ouro” as
histórias.
Parte
importante na vida da criança desde a mais tenra idade, a literatura
constitui alimento precioso para sua alma. É conhecendo a criança e o
mistério delicioso do seu mundo que podemos avaliar todo o valor da
literatura em sua formação. As crianças têm um mundo próprio, todo seu,
povoado de sonhos e fantasias.
A história é contada visando:
· deleitar a criança/· infundir o amor à beleza;
· desenvolver sua imaginação/· ampliar as experiências;
· desenvolver o poder da observação/ · desenvolver o gosto artístico;
· estabelecer uma ligação interna entre o mundo da fantasia e o da realidade;
No sentido da língua, particularmente, as histórias:
· enriquecem a experiência/ · fixam e ampliam o vocabulário;
· desenvolvem a capacidade de dar seqüência lógica aos fatos;
· dão o sentido da ordem/ · educam a atenção;
· esclarecem o pensamento/· desenvolve o gosto literário;
· estimulam o interesse pela leitura/ · desenvolvem a linguagem oral e escrita;
As
histórias são fontes maravilhosas de experiências. São meios preciosos
de ampliar o horizonte da criança e aumentar sue conhecimento em relação
ao mundo que a cerca. Mas é precioso saber usar as histórias para que
dela as se alcance retirar tudo o que podem dar à educação. Um dos
principais elementos a ser alcançado é o poder de imaginação que,
tirando a criança do seu ambiente, lhe permite ao espírito “trabalhar” a
imaginação. As histórias têm como valor específico o desenvolvimento
das idéias, e cada vez que elas são contadas acrescentam às crianças
novos conhecimentos.
“O
ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o
pensar, o teatral, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o
querer ouvir de novo (a mesma história ou outra). Afinal, tudo pode
nascer dum texto!” (ABRAMOVICH, 1995, p. 23)
COMO CONTAR HISTÓRIAS?
Uma
história deve ser contada emocionalmente e não simplesmente apresentada
em seu enredo. Uma boa história é uma obra aberta, que permite muitas
leituras, muitos caminhos, muitas saídas. Contar uma história é fazer a
criança sentir-se identificada com os personagens. É trazer todo o
enredo à presença do ouvinte e fazer com que ele se incorpore à trama da
história, como parte dela.
As crianças agem, pensam, sentem, sofrem, alegram-se como se fossem elas próprias os
personagens.
A história assim vivida pode provocar-lhes sentimentos novos e
aperfeiçoar outros. Por isso as histórias não devem ser deprimentes. O
final deve ser feliz, para transmitir aos ouvintes uma emoção sadia. O
principal na arte de contar histórias é saber despertar a emoção. Quando
as crianças nos pedem que lhes contassem histórias é porque sentem
necessidade de sair de si mesma, de experimentarem uma nova sensação.
Para se contar bem uma história é preciso possuir habilidade, treino e
conhecimento técnico do trabalho, pois os valores artísticos,
lingüístico e educativo dependem da arte do narrador.
Os segredos de um contador de histórias são:
a)
Curta a história – o bom contador acredita na sua história, se envolve e
vibra com ela. Se o professor não estiver interessado, dificilmente
conseguirá interessar as crianças.
b)
Evite adaptações – deve-se ler o que está escrito no livro. Não privar
os alunos do contato com o texto literário. Os velhos contos de fadas
são histórias cheias de fantasias e de poesia. Lidam com sentimentos
fundamentais do ser humano: o medo, a angústia, o ódio, o amor. Permitem
à criança exercitar através da imaginação, soluções para problemas
concretos da vida, que interessam ao adulto.
c)
Não explique demais – a adaptação de histórias é uma descaracterização
da história na vida da criança. Muitas vezes, a história exerce a função
de desenvolver ou até prolongar o mistério. Ao fazer a tradução ou
adaptação, o professor deixa tudo muito bem esclarecido, não restando
qualquer mistério. Ao ser encerrada, a história realmente se encerra,
deixando de existir para a criança.
d)
Uma história é um ponto de encontro – ao entrar numa roda de história, a
criança participa de uma experiência comum que facilita o conhecimento e
as ligações com as crianças.
e)
Uma história também é um ponto de partida – a partir de uma história é
possível desenvolver outras atividades: desenho, massa, cerâmica, teatro
ou o que a imaginação sugerir.
f)
Moral da história – nenhuma, ou melhor, várias. Essa história sobre os
segredos das histórias e os contadores de histórias é só o começo, o
resto quem conta somos nós, com a experiência, imaginação e bom senso.
g)
Comentar a história – fazer perguntas diretas para a criança,
verificando se ela figurou bem cada um dos caracteres, se os moldou de
acordo consigo mesma, se o caráter que nos apresenta é o que
pretendíamos transmitir.
h)
Dar modalidades e possibilidades da voz – sussurrar quando a personagem
fala baixinho ou está pensando em algo importante, falar tão baixo de
modo quase inaudível, nos momentos de dúvidas, e usar humoradamente as
onomatopéias, os ruídos, os espantos, levantar a voz quando uma
algazarra está acontecendo. Ë fundamental dar longas pausas quando se
introduz o “Então...”, para que haja tempo de cada um imaginar as muitas
coisas que estão para acontecer em seguida.
As
histórias são expressões de uma mesma personalidade em evolução, do
princípio do prazer da realidade. Podem mostrar à criança que a
transformação, a mudança e o desenvolvimento são possíveis. Que o prazer
não é proibido.
Contar histórias é uma arte. Deve dar prazer a quem conta e ao ouvinte. As histórias têm
finalidade
em si. Contadas ou lidas constituem sempre uma fonte de alegria e
encantamento. Por isso as atividades de enriquecimento devem ser leves e
espontâneas.
A dramatização é uma das melhores atividades de enriquecimento, pois além de ser uma das
preferidas pelas crianças, oferece valores imprescindíveis ao desenvolvimento de um bom
programa de literatura.
O
objetivo da hora das histórias é a familiarização com a literatura.
Desde muito cedo, a criança gosta de ouvir a história da sua vida, a
mais importante para ela. À medida que cresce, começa a solicitar
determinadas passagens que deseja ouvir.
Histórias
sobre fatos reais são importantes, porque ajudam a criança a entender
sua origem e que tipo de relações existe entre ela, as pessoas e os
lugares.
Da
mesma forma, as histórias inventadas são importantes. Desde cedo à
criança precisa saber de coisas que não fazem parte de sua experiência
cotidiana. É comum ela ter um amigo imaginário ou atribuir qualidades
humanas e sobrenaturais a um brinquedo ou a um animal.
As
histórias lidas somam-se então às inventadas, passando a fazer parte de
um mundo onde à realidade e a imaginação se completam. Os livros
aumentam o prazer de imaginar coisas. A partir de histórias simples, a
criança começa a reconhecer e interpretar sua experiência de vida real.
A
hora de curtir um livro juntos é a hora de partilhar: um livro de
histórias curtas, contadas com palavras fáceis de ler e entender,
ilustrado com imagens que falam da história, das personagens e ações que
estão sendo;lidas e mostradas, que faça pensar em coisas novas, que
informe, que faça rir de verdade, que seja engraçado, que faça brincar
com as mãos, olhos e ouvidos. O importante é que nessa hora não haja
pressa, contando ou lendo tudo de uma só vez. É preciso respeitar as
pausa, perguntas e comentários naturais que a história possa despertar,
tanto em quem lê quanto em quem ouve.
CONCLUSÃO
Criança
interessadas em estudar, este é objetivo primordial de todos os pais.
Porém, não sabem eles que é a patir de um conto de histórias que estão
estimulando seus filhos a apreciar os estudos com olhos de interesse e
não de sofrimento. É no contar uma história que estimulará seus filhos a
fantasiar, e trazer de alguma forma esta história para sua realidade.
Esta
busca da literatura se faz em grandes livros infantis, escritos por
grandes autores que trazem lindas histórias com grandes morais e final.
Mas não se faz uma grande fantasia se não soubermos passar isto a
criança.
Estimulando
as crianças a imaginar, criar, envolver-se já é um grande passo para
sua carreira. A literatura na infância é o meio mais eficiente de
enriquecimento e desenvolvimento da personalidade: é um passaporte para
vida e para a sociedade. É na infância que se adquire o gosto de ler,
por isso que é de suma importância o conto, pois o fantasiar antecede a
leitura.
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